O juiz da Confraria de Nossa Senhora do Amparo diz estar “extremamente preocupado” com a sustentabilidade financeira da entidade que dirige.
Sílvio Santos admite mesmo que a situação é de tal ordem complicada que pode levar a confraria a fechar as portas do Santuário de Nossa Senhora do Amparo.
O juiz da confraria revela que a manutenção daquele espaço religioso durante os 12 meses do ano “custa-nos entre 35 a 40 mil euros” e que a incerteza da realização das festas somado ao facto de ainda não ter recebido qualquer verba do Município, nos primeiros quatro meses deste ano, referentes ao subsídio mensal no valor de 9 mil euros, está a deixar a Confraria sem fundo de maneio.
“Posso adiantar que estamos já com verbas muito confinadas, um termo tão utilizado agora, e que nos permitirão manter o santuário aberto durante muito pouco tempo. Precisamos de repensar, em conjunto com a câmara municipal, qual a melhor solução e estou ciente que haverá a sensibilidade suficiente de ambas as partes para resolver isto”, acredita.
Já sobre a realização ou cancelamento das festas da cidade, de 25 de julho a 2 de agosto, depois de, há duas semanas, a presidente da câmara ter dito que iria reunir com a Confraria para tomar uma decisão, Sílvio Santos diz que ainda não houve qualquer avanço. “Partilhamos da opinião da presidente do Município de que terá de haver aqui uma posição concertada, ouvindo as entidades ligadas à saúde pública e os representantes da igreja, mas ainda estamos a aguardar o início das reuniões para as decisões definitivas e acredito que estejam para acontecer”.
Sílvio Santos diz que esta incerteza está a causar enorme preocupação até porque já há contratos assinados com algumas bandas musicais que precisam de uma decisão final. “Ainda não há qualquer legislação em vigor para o efeito. Não sabemos até que ponto poderemos ter de nos ver sujeitos a algum custo, caso os espetáculos venham a realizar-se ou não. Esperemos que não nos seja desfavorável qualquer decisão oficial do Estado Português, porque aí pode hipotecar ainda mais a nossa sustentabilidade financeira”.
O juiz da confraria de Nossa Senhora do Amparo a manifestar preocupação com a falta de sustentabilidade financeira bem como o adiar de uma decisão definitiva sobre as festas da cidade.
Jornalista: Fernando Pires
Slider