Foi anulada a decisão do Tribunal de Bragança de condenar Luís Portugal, acusado de vender alheiras contaminas com botulismo. O chef de cozinha foi condenado no ano passado, pelo Tribunal de Bragança, a cinco anos de prisão e ao pagamento de 30 mil euros a três pessoas.
De acordo com o Jornal de Notícias este processo vai ser reavaliado novamente pelo Tribunal de Bragança.
Verdade Transmontana é o nome do estabelecimento que Luís Portugal é proprietário foi também condenado ao pagamento de uma multa no valor de 60 mil euros.
O caso remonta ao ano de 2015 quando quatro pessoas foram hospitalizadas após ingerirem o famoso enchido transmontano contaminado com uma bactéria chamada Clostridium botulinum.
O botulismo é uma doença rara mas potencialmente fatal, o micróbio produz esporos que libertam substâncias tóxicas – a toxina botulínica – para o sistema nervoso, provocando um quadro de paralisia dos músculos, com insuficiência respiratória e eventualmente morte.
No banco dos réus estava o chefe de cozinha de Bragança Luís Portugal e a empresa de que era gerente, Verdade Transmontana. Ambos acusados de quatro crimes de corrupção de substâncias alimentares, agravados pelo resultado, com um pedido de indemnização que ronda os 60 mil euros.
No despacho lê-se que “as alheiras assim contaminadas foram vendidas nos dias 24 e 27 de agosto de 2015, no stand da sociedade na Feira Agrival 2015, em Penafiel, e nos dias 05 e 10 de setembro de 2015, no restaurante explorado pela sociedade, em Bragança”.
Jornalista: Lara Torrado