O homem que, há quatro meses, foi regado com gasolina e queimado, em Mirandela, não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer. A vítima, de 67 anos, encontrava-se internada no hospital de São João, no Porto.

O caso ocorreu na manhã de 22 de outubro do passado ano, quando um homem, de 67 anos, ficou ferido com gravidade depois de ter sido regado com gasolina por um indivíduo que, lhe ateou fogo, na sequência de um alegado desentendimento a propósito de um negócio de droga, já que a vítima está conotada com a prática de tráfico de estupefacientes. O crime aconteceu nas imediações do Parque do Império, em Mirandela.

À data, Luís Soares, comandante dos bombeiros de Mirandela, referiu que a vítima tinha sido transportada, de helicóptero do INEM, para a unidade de queimados do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia com “queimaduras em 60 por cento da face e dos membros superiores”.

A PJ terá identificado um suspeito, um homem de 48 anos, natural de Mirandela. Este foi presente a primeiro interrogatório judicial, no tribunal de Mirandela, que lhe decretou prisão preventiva.

No entanto, no decorrer das investigações, a PJ identificou um outro suspeito. O mesmo terá comprado o combustível usando na garrafa que regou o corpo da vítima.

VÍTIMA TEM HISTORIAL DE CRIMES

O homem de 67 anos que ficou ferido, conhecido na cidade mirandelense pela alcunha de “Terrunta”, é uma pessoa considerada perigosa e conflituosa com um longo cadastro criminal.

Há cerca de 40 anos, foi condenado por ter sido o autor da morte de uma mulher utilizando meios macabros, nomeadamente o recurso a cigarros acesos para queimar a vítima.

Depois de sair em liberdade condicional, no início da década de 1990, voltou ao mundo do crime, desta vez relacionado com furtos e roubos a residências e estabelecimentos comerciais, vindo a cumprir nova pena de prisão.

Depois de voltar a sair da cadeia, protagonizou mais um episódio de violência, quando em 2019, se envolveu numa rixa com um outro homem, tendo sido esfaqueado, e necessitou de receber tratamento hospitalar.

Jornalista: Lara Torrado e Fernando Pires

Foto: Canal N

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