A comissão política concelhia do PSD de Mirandela também disse presente ao cordão humano promovido, ontem (sábado), pelo executivo socialista do Município com o propósito de demonstrar o descontentamento pelo encerramento provisório da valência de cirurgia-geral do serviço de urgência do hospital, até ao final de novembro, receando que venha a tornar-se definitivo.
“Estamos cá para defender os serviços públicos do concelho, ao contrário do que o executivo fez há uns meses atrás quando não esteve na manifestação contra o encerramento da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte”, lembrou António Martins, membro da estrutura concelhia dos laranjas. “Estamos preocupados com a atual situação e temos reiterado a necessidade de investir e capacitar o Hospital de Mirandela como um verdadeiro Hospital regional, ao serviço das pessoas, e por isso estamos solidários com a iniciativa”, acrescentou.
No entanto, o PSD também aproveitou a iniciativa para apontar o dedo ao PS local e nacional sobre a situação que o concelho está a viver, colocando uma tarja, nas proximidades do hospital, onde podia ler-se: “PS, o coveiro do hospital de Mirandela”.
António Martins referiu que, no século XXI, o executivo PS “tem 16 anos de funções e conduziu-nos a este estado”. Recordou ainda que, em 2006, “o PS, pela mão de José Sócrates e Correia de Campos, encerra a Maternidade de Mirandela. Em 2023, novamente o PS, pela mão de António Costa e Manuel Pizarro, encerra a Urgência Cirúrgica, pelo que não nos esquecemos de quem tem, continuamente, atacado o Hospital de Mirandela, quem tem assobiado para o lado e fingido que nada se passa e quem só agora se lembrou do nosso Hospital”, sublinhou.
Perante isto, o dirigente social-democrata avisou que os mirandelenses “têm de estar muito atentos ao que está a acontecer, porque não basta virmos aqui com floreados, como estamos a fazer hoje, quando depois quando temos de tomar posições públicas não as tomamos” e lançou um desafio ao executivo socialista. “Que apresente as posições que tem tido nas reuniões onde participa e que nos apresente aquilo que tem defendido para a região em termos de saúde”.
Jornalista: Fernando Pires
