Já começaram a funcionar, esta sexta-feira, em Mirandela e Bragança, os centros de rastreio para a despistagem da Covid-19, fruto de uma parceria entre os dois Municípios, o Hospital Terra Quente e o Hospital Privado de Bragança.
Segundo aquelas entidades, tratava-se de uma necessidade urgente, “considerando a evolução epidemiológica da COVID-19 no Distrito de Bragança, com aumentos significativos, quer nos profissionais de saúde, quer no universo de pessoas idosas, com particular incidência os lares de terceira idade, não se conseguindo perceber a verdadeira realidade, por falta de testes”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa.
“Decidimos avançar para este projeto, devido à escassez de rastreios neste distrito e conscientes das dificuldades que enfrenta o Serviço Nacional de Saúde no combate a esta pandemia. As autarquias e os dois hospitais unimos esforços, juntamente com o aglomerado de laboratórios Unilabs, devidamente credenciado para o efeito que além da competência técnica também possui convenção com o SNS, para começar desde já a efetuar os primeiros testes”, avança o presidente do Conselho de Administração dos dois hospitais privados envolvidos neste projeto.
Estes dois centros de testes Covid-19 “vão ter capacidade de realizar cerca de 400 testes por semana, 200 em cada cidade”, revela Manuel Lemos, sendo que, em Bragança vão acontecer às segundas, quartas e sextas, enquanto em Mirandela nos restantes dias da semana, exceto ao domingo.
Manuel Lemos esclarece que poderão recorrer a estes centros de testes “as pessoas que sejam encaminhadas, quer pela Linha SNS 24 quer por prescrição médica, ou com uma requisição da Unidade Local de Saúde do Nordeste, mas é muito importante frisar que terá de haver uma marcação prévia através do número 939316727”, refere.
Estas unidades de rastreio “Drive Thru” fazem parte de um modelo que já está a ser utilizado em outras localidades do país, que “permite aos pacientes suspeitos de infeção poderem deslocar-se até ao ponto de recolha, de automóvel e sem terem necessidade de sair da viatura, evitando-se assim entrar em contacto com outras pessoas, reduzindo o risco de infeção em cada colheita até para os profissionais envolvidos”, diz o presidente da administração do Hospital Terra Quente de Mirandela e do Hospital privado de Bragança.
O período que medeia entre a realização do teste e o seu resultado vai de 48 a 72 horas e será depois enviado diretamente ao utente e às autoridades de saúde pública.
O custo de cada teste efetuado é de 100 euros, “exceto para aqueles que são do SNS, que serão financiados a 100 por cento, bem como algumas empresas de seguros de saúde que comparticipam os testes, dependendo dos planos que cada um tenha contratualizado”, adianta Manuel Lemos.
Em Mirandela, este centro de testes está instalado junto à entrada do Hospital Terra Quente e em Bragança junto ao pavilhão Municipal Arnaldo Pereira.
O distrito de Bragança fica assim com uma capacidade acrescida de despistagem do novo coronavírus, já que até aqui apenas estavam a ser feitos testes num centro móvel de recolha, instalado em Macedo de Cavaleiros, onde também estão centralizados os serviços de saúde pública do distrito.
No comunicado, as quatro entidades, explicam ainda que estes Centros de Testes COVID-19, possibilitarão a realização de testes em todos os concelhos do distrito de Bragança, “conforme futura identificação de necessidades e prioridades”.
Jornalista: Fernando Pires
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