Esta está a ser uma época fantástica para o jovem ciclista mirandelense, Martim Quitério. Só neste mês de agosto venceu três provas consecutivas na categoria de infantis: Em Rendufe, Santa Marta de Portuzelo e Alcobaça.
Depois de uma pausa nas competições devido à pandemia da Covid 19, o ciclista de apenas 12 anos de idade tem dado cartas e deixa boas indicações para o futuro.
É caso para dizer que filho de peixe sabe nadar. Martim é filho de César Quitério, o mirandelense que chegou a ser ciclista profissional que ficou conhecido pela excelente qualidade nas chegadas ao sprint. Talvez por isso, o ciclismo está-lhe no sangue desde pequenino. Aos três anos já andava de bicicleta sem rodinhas. “Uma criança tem de aprender a andar de bicicleta e quanto mais cedo melhor. Comecei com dois anos e depois aos três anos já comecei a andar sem rodinhas”, diz.
Aos 6, 7 anos realizou as primeiras provas, mas a partir de 2022 começaram a chegar os resultados que deixam entender que estamos perante uma promessa do ciclismo nacional. Martim treina várias vezes por semana com os pais. “Às vezes treino lá perto de minha casa sozinho, outras vezes com o meu pai ou com a minha mãe, faço uma média de 20 a 30 quilómetros, duas a três vezes por semana”, refere.
Se por um lado tem pena de não ter colegas da sua idade com quem treinar, por outro entende que acaba por ser um privilegiado poder ter um treinador só para si e ainda por cima o seu próprio pai. “Às vezes estamos a ver provas de ciclismo e o meu pai dá-me dicas e vou aprendendo. Claro que ter um pai ciclista não é igual a um pai normal que gosta de ciclismo e é melhor ter um treinador só para mim do que ser treinador de dez ciclistas”, brinca.
Martim acredita que tem qualidades parecidas com as que teve o seu pai, César, mas, por agora diz que ainda é muito cedo para saber se estamos perante um ciclista completo, um sprinter, um contrarrelogista ou um trepador. “Ainda não dá para descobrir, mas se no futuro continuar a praticar vai-se descobrir onde sou melhor”, adianta.
O neerlandês, Fábio Jakobsen, e o belga Wout Van Aert são os seus ciclistas preferidos. E não é difícil perceber qual é a verdadeira ambição do Martim. “Desde pequenino que quero ser ciclista profissional”, afirma.
Martim Quitério. Convém fixar este nome, porque tem tudo para se tornar numa grande estrela do ciclismo.
Jornalista: Fernando Pires