Os apicultores do Douro Internacional e do Planalto Mirandês reclamam ajudas para alimentar abelhas, face à carência alimentar provocadas pela seca e pelas alterações climáticas.
“O que pretendemos são apoios diretos para a aquisição de produtos alimentares para as abelhas, tendo em vista o aumento de produção do mel. Se as condições climatéricas continuarem como até aqui, a partir de setembro temos que começar a alimentar os apiários porque não há no campo alimentos necessário devido à seca para fazer face à procura ”, disse Vítor Ferreira, técnico da Associação de Apicultores do Parque Natural do Douro Internacional, em declarações à agência Lusa.
Os alimentos para as abelhas “dispararam significativamente”, consequência da covid-19 e da inflação. Vítor Ferreira exemplificou, explicando que “se antes pagávamos um euro por quilo de alimento para as abelhas, a mesma quantidade está agora nos 2,5 euros para aquisição de um produto que tem por base o açúcar e que teve uma subida de preço muito elevada”.
O objetivo de Vítor é que o ministério da Agricultura “olhe para este setor apícola como olha para outras atividades agrícolas”.
A produção do mel é outro problema que preocupa os apicultores. “Verificámos que há muito pouco mel a título de exemplo”. As quebras do mel rondam os 50% uma vez que a produção da última primavera “foi muito baixa”.
Em época normal, os associados da Associação de Apicultores do Parque Natural do Douro Internacional produzem cerca de 60 toneladas de mel, no entanto, este ano “devido às chuvas de maio, podemos atingir perto de 30 toneladas”.
Atualmente, a associação agrega pero de 300 associados repartidos pelos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Vimioso, Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.
Jornalista: Lara Torrado
