A ESPROARTE – Escola Profissional de Arte de Mirandela – realiza, esta noite, no anfiteatro do Parque do Império, um concerto de encerramento do Estágio de Orquestra de Sopros & Bandas da Região.

É o culminar dos trabalhos de mais de 100 jovens músicos de toda a região que puderam conhecer todos os professores de instrumento de sopro e percussão da ESPROARTE, bem como os alunos, funcionários e instalações da Escola Profissional de Arte de Mirandela. “Estão mais de 130 jovens a trabalhar aqui neste momento, em duas grandes orquestras, uma com os alunos mais velhos e outra com os alunos mais novos, bem como algumas bandas da região que se juntam a nós e dessa maneira todos crescem, todos aprendem”, explica o diretor pedagógico da ESPROARTE.

José Francisco Dias acredita que o concerto desta noite será memorável. “Vamos proporcionar um concerto incrível, em que mais uma vez se juntam as sinergias da região no âmbito da música”, refere.

O diretor da escola deixa ainda um dado curioso: “Todas essas bandas, uma parte delas, eu já não sei se a maioria, têm alunos nossos que colaboram, têm ex-alunos nossos que até são, em muitos casos, orientadores ou os que reforçam essas bandas. Ou seja, todos cresceram com este projeto da ESPROARTE e desta maneira conseguimos criar um belíssimo momento para todos eles. Atividades como esta é que fazem com que os jovens consigam tirar de si esse potencial que só sai quando estão a fazer algo palpável, algo que está a acontecer ao lado deles, que não vem descarregado numa app, que são eles que estão com instrumentos acústicos e com muito trabalho a extrair toda a beleza que a musica tem”, sublinha José Francisco Dias.

O concerto é esta noite, às 21,30 horas, no anfiteatro do Parque do Império.

Ainda no âmbito deste estágio, esta quinta-feira, à tarde, marcou presença, em Mirandela, a Orquestra Sinfónica ARTAVINHOS, num intercâmbio que culminou com a realização de um concerto, no Auditório do Centro Cultural. José Francisco Dias entende que este tipo de intercâmbios “proporciona momentos de crescimento aos alunos dos cursos básicos” de instrumentos musicais. “São as orquestras dos mais jovens, aquilo que normalmente não se vê, ou seja o início da formação, mas que é um início de formação entre aspas, porque estamos a falar de um nível performativo muitíssimo bom e a possibilidade de quando chegarem aqui os meninos da orquestra dos ARTAVINHOS, os mais novos do 7º, 8º e 9º anos, assistiram também a um ensaio que estava a decorrer da nossa orquestra, no caso era a orquestra de sopos, há aqui um intercambio de o que é que uns estão a tocar, ou seja, é muito importante termos essa coragem de mostrar o que é que somos capazes e o que é que estamos a fazer e depois ouvir o que os outros colegas estão a fazer e como é que estão a fazer, só assim podemos crescer. Por isso todos os momentos de intercâmbio são momentos em que crescemos”.

Para reforçar a importância destas iniciativas, o presidente da Associação de Escolas Profissionais de Música considera mesmo que os intercâmbios são “absolutamente fundamentais”. José Alexandre Reis afirma que os intercâmbios “são sempre uteis quando se vai fazer algo de relevante”.

E neste caso, estando a falar de duas escolas profissionais “é muito importante que os próprios alunos tomem contato, naturalmente em primeiro lugar com a musica porque fazem musica diferente, e em segundo lugar com a maneira de abordagem, com o desenvolvimento dos colegas, daquilo que se faz noutros isso é um estimulo, é um estimulo para avançarem para fazerem melhor ou evitarem quando as coisas não estão tão bem, evitarem esse tipo de situações, portanto é sempre um enriquecimento do ponto de vista dos estudantes, os estudantes de musica no sentido de aprenderem algo de novo e não estarem só confinados ao seu trabalho normal.” Conclui José Alexandre Reis que é também diretor da escola profissional de música do Vale do Ave.

Jornalista: Fernando Pires

Slider