Vesti-me de Vermelho [para que me visses no meio da multidão] retrata, de forma poética, a ausência de contacto entre as pessoas que se cruzam todos os dias, mas não se falam. Reflete sobre a solidão característica da nossa sociedade de hoje, em que no decorrer dos dias, nos falta a coragem de assumir sentimento e manifestar o amor. Numa sociedade cada vez mais individualista, a solidão é real, concreta e estrutural. Esta mulher vive no sótão das suas memórias, de uma relação que sonha, e não se sabe muito bem se alguma vez chegou a existir, por falta de coragem em assumir o que sente. Este espetáculo pretende provocar no público um acordar para uma realidade constante e crescente, e ajudar a refletir sobre a nossa incapacidade de demonstrar amor.
Que não nos falte a coragem para assumir o a