Por: Joana Mata – Médica Interna de Medicina Geral e Familiar na UCSP Mirandela I
O surgimento e difusão da denominada COVID – 19, doença da responsabilidade do novo
coronavírus 2019 (2019 n-Cov), trouxe consigo uma imensidão de informação disponibilizada ao minuto que pode conduzir à alienação de pontos fulcrais de responsabilidade individual e social.
É imperativo agir de forma sensata e serena e garantir que se transmitem à população as
medidas essenciais e necessárias de modo a limitar a propagação do vírus. Estas passam
sobretudo por medidas de higiene e etiqueta respiratória, nomeadamente:
• Quando espirrar ou tossir cobrir o nariz e a boca com o antebraço ou com lenço de
papel (este deverá ser de utilização única e colocado imediatamente no lixo);
• Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar solução à base de álcool. É
necessário lavar sempre após espirrar, tossir ou assoar e no caso de contacto com pessoa doente;
• Evitar contacto próximo com outras pessoas caso apresentem infeção respiratória.
Os sintomas são semelhantes à conhecida gripe (podendo, contudo, evoluir para uma
doença mais grave como pneumonia). Caso existam sintomas, designadamente febre, tosse, dificuldade em respirar e se regressou ou esteve em contacto com alguém que regressou, nos 4 dias prévios ao inicio dos sintomas, de áreas de transmissão ativa – até à data China, Coreia do Sul, Japão, Singapura, Irão e algumas regiões de Itália: Emiglia-Romagna, Lombardia, Piemonte e Veneto – não deverá recorrer de imediato aos serviços de saúde (sejam eles centros de saúde ou hospitais). Deverá sim, primeiramente, ligar para a linha da Saúde 24 (808 24 24 24), expor os sintomas e a sua história de viagem e seguir as recomendações indicadas.
O receio de ser infetado pela nova estirpe do coronavírus é natural! Contudo, se não reúne as condições anteriormente referidas, a probabilidade de vir a desenvolver doença é, atualmente, baixa.
A difusão do surto do COVID-19 para além da região de Wuhan, na China, tem conduzido a algum alarmismo social. Importa, sobretudo, manter-se informado junto das autoridades de saúde competentes do país onde se encontra. Assim, ganhará as ferramentas para determinar o verdadeiro risco para si e para os seus e, consequentemente, prevenir e proteger-se!