Sob o lema “mil razões para lutar! Os direitos das mulheres não podem esperar”, o Núcleo de Bragança do Movimento Democrático de Mulheres organizou um conjunto de ações de reivindicação que terminam a 8 de março, data em que se assinala o Dia da Mulher.

Entre o leque de reivindicações solicitadas, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) de Bragança pede a instalação urgente de uma estrutura local de apoio à vítima, com uma equipa multidisciplinar, em Macedo de Cavaleiros.

O MDM refere, no comunicado enviado ao Canal N, que Macedo de Cavaleiros, quando comparado aos restantes concelhos, apresenta um “elevado número de casos de violência doméstica” e por esse mesmo motivo torna-se “urgente um papel mais interventivo por parte do município” para encontrar uma solução.

O Movimento Democrático de Mulheres reuniu, também, com algumas mulheres da comunidade brasileira residentes em Bragança. No encontro foram “elencadas um conjunto de discriminações e preconceitos enraizados que incidem sobre estas mulheres que são estudantes, trabalhadoras e que são mães”.

Em paralelo com estas reuniões decorreram também ações de contacto com várias trabalhadoras da Faurecia (Bragança) e da Varandas de Sousa (Vila Flor), “trabalhadoras cujos salários baixos persistem” e que recebem um “tratamento diferenciado por parte das chefias pelo facto de serem mulheres”.

Todos estes fatores foram levados para a Manifestação Nacional de Mulheres, que decorreu dia 4 de março, no Porto. A este protesto juntaram-se várias mulheres do nordeste transmontano, oriundas de diferentes concelhos, que levaram com elas “as suas justas reivindicações, pelo fim das violências na vida, em casa e no trabalho, pela igualdade na vida”.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: Movimento Democrático de Mulheres

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