“Para cá do Marão lutamos pela educação” e “Portugal escuta, a escola está em luta” foram algumas das palavras ouvidas durante esta manhã.

Em Vila Real cumpriu-se esta manhã a greve distrital. Com uma adesão a rondar os 98%, mais de 500 docentes protestaram contra um “Ministério de mínimos”. A avenida Carvalho Araújo, no centro da capital de distrito, foi o ponto de encontro dos professores provenientes de vários pontos do distrito.

“Não paramos”, “Para cá do Marão lutamos pela educação” eram algumas das frases que em conjunto cantavam enquanto empunhavam vários cartazes também eles com mensagens.

“Isso é a gota de água, mas é muito mais, é também a degradação dos currículos que estão no mínimo, parece que este é um “Ministério de mínimos” neste momento, as aprendizagens essenciais são um descalabro, os falsos números do sucesso. Há momentos em que temos mesmo de lutar e este é um deles”, salientou, à agência Lusa, Domingas Alhais que é professora há 36 anos.

Luís Gomes faz diariamente a viagem de Lamego para Vila Real, uma deslocação que não é muito grande, mas é “muito cara”. “São cerca de 200 euros por mês. O orçamento familiar fica logo reduzido. Além do mais sou um professor contratado”, salientou o professor da Camilo Castelo Branco.

De acordo com a Lusa, as escolas não fecharam para cumprir os serviços mínimos, mas na maior parte dos estabelecimentos de ensino do distrito esta segunda-feira não há aulas.

Paralelamente estão a decorrer outras duas greves. Uma da iniciativa do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação que teve o seu início em dezembro por tempo indeterminado e que os professores têm cumprido de forma parcial, e outra convocada no início do 2.º período pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores ao primeiro tempo de aulas de cada docente, que se deverá prolongar até fevereiro.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: Pedro Sarmento Costa/Lusa

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