Folga em dia de aniversário, fim do fornecimento do pequeno-almoço e lanche, uso de telemóveis pessoais proibidos durante o serviço, dia e noite são algumas das condições perdidas.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) acusou, na passada terça-feira, a direção de um centro social, em Chaves, por retirar “direitos adquiridos” de funcionárias após a reivindicação de melhores condições para utentes e de trabalho.

Segundo a Lusa, a presidente do Centro Social Abobeleira – Valdanta, Aurora Carvalho, negou as acusações feitas pela organização sindical, referindo que as medidas implementadas visam o “equilíbrio financeiro” da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e uma “poupança” num período de aumento de custos.

Em comunicado o CESP explica que no decorrer de uma reunião com a direção do centro social deu conta das preocupações de trabalhadores da instituição relativamente a uma alegada “falta de qualidade alimentar” e “inexistência de quadros mínimos para o número de utentes”.

Após a situação, a direção da instituição deu “um presente de ano novo” às funcionárias, retirando-lhes a folga em dia de aniversário, deixando de fornecer o pequeno-almoço e lanche e impedindo o uso de telemóveis pessoais durante o serviço, dia e noite.

O CESP salienta que não pode deixar passar “incólume a perda de direitos adquiridos como retaliação pela reivindicação de melhores condições para trabalhadores e utentes”.

Sendo que a “Segurança Social será chamada a pronunciar-se sobre o uso de dinheiros públicos por esta instituição em desrespeito por contratos outorgados que não visam apenas o autofinanciamento, mas sobretudo assegurar as condições mínimas dos utentes/idosos”.

Na mesma nota, o sindicado adianta que vai ser apresentada uma queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e intentada uma ação para reivindicar a reposição dos “direitos adquiridos e retirados por má-fé evidente”.

Jornalista: Rita Teixeira

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