Bruno Carvalho deixou o cargo de presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da A.F. Bragança devido a divergências internas.
Uma alegada repreensão de um elemento da estrutura da associação a um árbitro motivou a decisão de Bruno Carvalho, que diz não ter condições para continuar.
“Toda a gente da associação tem de defender a prestação dos árbitros e neste caso, um elemento da associação, o Pedro Grilo, criticou a prestação de um árbitro após um jogo, sem sequer ter visto o jogo em causa”.
Bruno Carvalho acrescenta que o árbitro em causa, depois de lhe ter dado conhecimento destas críticas, na semana seguinte teve uma repreensão por escrito do conselho de disciplina. “É um facto inédito”, diz.
Para o presidente demissionário do Conselho de Arbitragem, a direção da AFB deve adoptar uma posição de defesa e não de crítica aos árbitros.
“Os árbitros já estão preparados para as habituais criticas que partem de toda a gente: presidentes de clubes, jogadores e adeptos. Agora também a associação criticar o trabalho deles, não pode ser e não pactuo com essas situações”, acrescenta.
Bruno Carvalho diz que foi “uma decisão difícil, mas muito ponderada” e não volta atrás. “O presidente da AFB, o Sílvio e os membros que colaboram diretamente com o conselho de arbitragem não mereciam isto, porque estão a fazer um excelente trabalho”, ressalva.
Contactado o presidente da A.F. Bragança, António Ramos, disse já ter tomado conhecimento da decisão de Bruno Carvalho e que “esta semana haverá uma reunião com os restantes elementos do CA” e que “estão garantidas as nomeações para os jogos do próximo fim-de-semana”.
Jornalista: Fernando Pires
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