Pedido surge depois da autarquia ter ouvido as queixas dos produtores face aos roubos dos anos anteriores, uma vez que está quase a iniciar mais uma campanha. 

A Câmara de Bragança dirigiu-se à GNR, aos compradores e à Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) para pedir mais vigilância e fiscalização, de forma a prevenir o roubo de castanha.

Além dos roubos, a preocupação dos produtores deve-se também à campanha que se avizinha que será“desfavorável”, devido à seca e ao aumento dos custos de produção.

Num comunicado o município explica que “a castanha é um produto de extrema importância para a economia do concelho” e “uma das produções agrícolas mais rentáveis, com um valor económico anual de cerca de 100 milhões de euros para a região de Trás-os-Montes”.

Salienta ainda que “para muitas famílias do concelho de Bragança, nomeadamente no meio rural, a venda das castanhas constitui um recurso de enorme importância na sua estabilidade financeira, sendo, por vezes, a sua principal fonte de rendimento”.

Na mesma nota pode ler-se que “este fenómeno, que tem vindo a intensificar-se exponencialmente, nos anos mais recentes, é promovido por grupos de pessoas, organizadas em hordas, que chegam a ameaçar as pessoas, pondo em causa não só as colheitas como a própria integridade física dos legítimos proprietários das castanhas”.

À GNR a autarquia pede que “seja providenciada uma efetiva vigilância permanente, em articulação com as populações e com as uniões/juntas de freguesia, no sentido de assegurar a segurança das pessoas, bem como prevenir ou intervir em situações de risco/ocorrência de furtos”.

Relativamente aos compradores de castanhas não devem comprar as castanhas “sempre que existirem dúvidas quanto à sua proveniência e/ou suspeitas ou indícios de que as mesmas possam ter sido furtadas”.

Por fim, à ASAE é pedido “para que sejam promovidas rigorosas e frequentes ações de fiscalização, nomeadamente no tocante à faturação da compra e venda de castanhas e da situação contributiva dos vários agentes económicos”.

Jornalista: Rita Teixeira 

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