É já a partir do próximo mês de outubro que o aumento do preço na fatura do gás se vai fazer sentir. A Galp, EDP e a Goldenenergy justificam este aumento com a volatilidade do mercado e a consecutiva subida dos preços do gás.
O aumento da fatura dos clientes da EDP Comercial rondará os 30 euros, na Galp as respetivas faturas vão encarecer oito euros. Já a Goldenenergy sobe em média 10 euros, considerando clientes residenciais.
Devido às alterações dos preços feitas pelas energéticas, o Governo anunciou uma medida de apoio aos consumidores, permitindo o regresso das famílias e pequenos negócios à tarifa regulada do gás natural. Segundo os cálculos do Governo, esta mudança pode poupar às famílias cerca de 65%.
Os consumidores que pretendam mudar para o mercado regular já podem fazê-lo, sem custos, nas lojas das empresas distribuidoras de energia. No entanto, “dentro de 45 dias também vai ficar obrigatoriamente disponível online por parte dos comercializadores do mercado regulado a possibilidade da contratação eletrónica”, referiu o ministro do Ambiente e Ação Climática.
Os consumidores não são obrigados a aceitar o aumento e podem mudar de fornecedor
O preço do gás só pode ser alterado a meio dos contratos se essa possibilidade estiver considerada no documento e caso isso se verifique, a empresa deve comunicar com uma antecedência de 30 dias a alteração de preço ao consumidor.
Em declarações à TSF, a jurista da Deco, Ingride Pereira, refere que esta alteração “deve ser enviada com 30 dias de antecedência e deve informar o consumidor que ele não é obrigado a aceitar essa alteração de preço, porque durante a vigência do seu contrato tinha sido acordado um preço para esse período e ele pode recusar essa proposta de alteração”, desta forma o consumidor pode rescindir o contrato e mudar de comercializador sem custos.
Jornalista: Inês Carvalho
Foto: CNN