O julgamento sobre o casamento de uma empregada com um homem centenário de Bragança foi esta terça-feira adiado, devido a doença de um dos intervenientes.
Seria hoje que três médicos, uma funcionária do Registo Civil e a protagonista do processo iam ser ouvidos pelo Tribunal de Bragança. Mas segundo fonte judicial, o julgamento foi adiado, não havendo ainda uma nova data.
De acordo com o processo, a que a Lusa teve acesso, a antiga empregada vai ser julgada “pelos crimes de sequestro e uso de documento falso, dois psiquiatras e uma psicólogo pela emissão de atestados médicos falsos e uma funcionária do Registo Civil por desobediência qualificada”.
O caso remonta a 4 de maio de 2017, quando a mulher, na época com 53 anos – que foi empregada da família durante quase 30 anos -, casou com o idoso de 101 anos, na Conservatória de Ribeira de Pena, no concelho de Vila Real, ou seja, a 156 quilómetros de onde viviam em Bragança.
Depois a 10 de maio, no Cartório Notarial de Vieira do Minho, no concelho de Braga, foi lavrado o testamento (que o tribunal já anulou), no qual a mulher seria beneficiaria da chamada quota disponível, um valor que rondava os 667 mil euros.
Mas juntamente com o casamento, a protagonista do crime iria herdar na totalidade 933 mil euros, quase metade dos dois milhões de euros em bens e dinheiro deixados pelo centenário.
Jornalista: Rita Teixeira