A ideia foi defendida numa sessão de debate sobre as formas de participação cívica. Uma atividade inserida na festa da juventude, promovida pela Juventude Social Democrata (JSD) de Mirandela.
A JSD de Mirandela defende a criação de uma Lei que defina uma quota mínima de jovens, até aos 30 anos, no sistema eleitoral português, o equivalente a uma espécie de Lei da paridade, virada para a juventude.
“Vai ser uma das nossas bandeiras no futuro e esperamos que todos os jovens tenham acesso, porque, à semelhança do que aconteceu com as mulheres, sendo o sexo menos representado nas listas, houve uma necessidade quase de obrigar a que uma percentagem desses lugares fosse ocupada pelo sexo menos representado e neste caso não queríamos que fosse assim, mas se isso não acontece então que se obrigue a que assim seja através da criação de uma Lei”, afirma Carlos Carvalho, presidente da concelhia da JSD de Mirandela, que acredita que isso possa vir a acontecer ainda antes das eleições europeias de 2024.
A JSD de Mirandela quer dar maior visibilidade a esta ideia da autoria de Catarina Silva – aluna do primeiro ano do Curso do Mestrado em Administração Autárquica da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela – um trabalho que foi o vencedor do prémio “João Maria Pavão” da Associação Nacional das Assembleias Municipais, aqui explicado na primeira pessoa.
“Se existe a Lei da paridade, porque é que não existe uma Lei da juventude, ou uma Lei da quota dos jovens?” questiona. “Se é preciso x de mulheres ou homens para representar, porque não existe um x de jovens, e o trabalho baseia-se nesta ideia de Lei da paridade versus lei da juventude”, explica Catarina Silva que, conjuntamente com Mada Brimpandé, outro aluno do Mestrado em Administração Autárquica, foram os oradores convidados pela JSD de Mirandela para uma sessão de debate sobre as novas formas de participação cívica, que, segundo Carlos Carvalho, é muito deficitária por parte dos jovens.
“Julgo que existe o estigma que os jovens não têm capacidade para definir o seu futuro e são colocados à parte de todas as decisões, mas o que é certo é que quando tomamos decisões estamos sempre a pensar no futuro e o futuro são os jovens”, adianta.
As novas formas de participação cívica, foi um dos temas em discussão, no passado sábado, no âmbito da festa da Juventude promovida pela JSD de Mirandela.
Jornalista: Fernando Pires
Foto: Terra Quente