A Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros aprovou ontem uma moção que solicita à câmara a reversão da decisão de encerrar o Jardim de Infância de Podence.
A moção foi apresentada pelo líder da bancada social-democrata, Daniel Pires, apoiado pelos deputados do Partido Popular (CDS-PP) e pelo Unidos por Macedo.
“Considerando que o invocado argumento do superior interesse das crianças é falacioso, a decisão de encerramento do Jardim de Infância de Podence vem criar cada vez mais dificuldades a quem mora nas aldeias e, consequentemente, abre um precedente para o futuro encerramento de outros infantários existentes nas nossas aldeias, como o de Vale da Porca, Chacim ou Morais, conduzindo cada vez mais à desertificação e abandono das nossas aldeias”, referiu Daniel Pires.
O presidente da Junta de Freguesia de Podence e Santa Combinha, João Alves, votou contra a moção por dizer ser um aproveitamento do Partido Social Democrata. “Toda esta encenação foi apenas uma tentativa de aproveitamento político por parte do PSD, cujos dirigentes se aproveitaram do facto de uma ou duas mães de crianças que agora frequentam a escola se terem queixado, para aproveitar e assim dar uma “ferroada” no PS. Às mães digo, acreditem que na minha óptica o melhor para os vossos filhos não é estarem numa escola com quatro ou cinco alunos. O Jardim de Infância de Podence vai fechar porque nas atuais condições não fazia sentido estar aberto, e teria de encerrar, se não fosse este ano teria de ser no próximo. No próximo ano lectivo iria funcionar com seis crianças, nenhuma de Podence, e três adultos para se ocuparem delas. Não me parece, e à câmara também não, que seja uma correta gestão de dinheiros públicos e também não lhe pareceu ao Conselho Municipal de Educação que votou por unanimidade pelo encerramento”, apontou o presidente de junta.
A moção que serve como um pedido da Assembleia à Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros para que reverta a decisão de encerrar o infantário da aldeia de Podence, foi aprovada com 32 votos a favor, 28 contra e uma abstenção.
Jornalista: Inês Carvalho