A Mostra de Teatro do Douro regressa, a partir de 23 de abril, aos palcos de seis municípios da região, e marca a retoma de algumas companhias depois de dois anos de paragem devido à covid-19, anunciou a organização.
O festival é organizado pela Associação Vale d’Ouro, com sede no Pinhão, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, arranca no dia 23 e prolonga-se até ao último fim de semana de maio.
O presidente da direção da associação, Luís Almeida, disse que esta foi “uma das edições mais difíceis de preparar”.
“Estamos a sair de uma situação em que a atividade dos grupos de teatro e das associações esteve interrompida e isso foi brutal para algumas das companhias. Contudo conseguimos programar um festival que tem muito boas peças e está muito interessante”, afirmou, citado em comunicado.
São sete espetáculos que vão ser apresentados em Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Carrazeda de Ansiães, Pinhão, Alijó e Peso da Régua. E a comédia continua a “dominar o estilo deste festival”.
“Mais do que nunca estes são tempos em que as pessoas procuram abstrair-se da loucura do mundo, e uma bela peça de teatro, uma boa comédia popular ou mais clássica é o analgésico perfeito durante alguns minutos”, considerou o dirigente.
A Mostra de Teatro do Douro arrancou em 2009, na altura com espetáculos apenas no Pinhão. Até 2019, foram 11 edições ininterruptas que já percorriam grande parte da região do Douro, mas, devido às medidas de contingência sanitária associadas à pandemia da covid-19, as edições de 2020 e 2021 não se realizaram.
O evento regressa agora aos palcos, numa altura em que os grupos de teatro estão também a retomar a sua atividade.
A edição deste ano conta com a estreia nacional de “Haja Luz”, a cargo do Grupo de Teatro do Centro Cultural Lordelense (Vila Real), e com dois grupos de teatro que estarão pela primeira vez no Douro: o Teatro do Ave (Vila do Conde) e o Grupo de Teatro Linha 5 (Caíde).
A programação inclui ainda espetáculos do Grupo de Teatro Aldeia Verde (Lazarim), o Teatro Fórum Boticas, o Núcleo de Teatro da Associação Cultural de Vermoim e o Teatraço, que regressa aos palcos depois da incursão pelo cinema
No entanto, para Luís Almeida, a edição de 2022 fica “longe do que estava previsto”.
“A conjuntura mudou, em 2020 estávamos a preparar uma edição muito ambiciosa com um grande alargamento de palcos e de grupos de teatro. A pandemia refreou a produção de muitas das nossas associações e só agora está a ser retomada. Dois anos é muito tempo e nesta fase só desejamos que as associações consigam voltar em força e, para isso, o maior incentivo que podem ter é ver as salas cheias”, salientou o responsável.
Por: Lusa