Local do futuro Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja, na aldeia de Palaçoulo em Miranda do Douro, foi benzido esta sexta-feira. Os trabalhos devem estar concluídos antes da Jornada Mundial da Juventude, que acontecem no próximo ano.

Após a Eucaristia das oito horas, 10 monjas trapistas, juntamente com o padre António Pires e a presidente do munícipio, Helena Barril, deslocaram-se esta manhã até ao local onde nascerá a Igreja Abacial do futuro Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja. O motivo foi abençoar os trabalhadores que vão estar envolvidos na edificação do complexo religioso.

A irmã Giusy Maffini explica que, apesar de ser norma os monges e as monjas pedirem a bênção de Deus para cada trabalho e situação da vida, na linha da regra de São Bento, a construção do novo mosteiro vai exigir um “grande envolvimento e empenho de todos”, e, por isso, a obra “precisará de uma bênção especial de Deus”.

Segundo o comunicado da autarquia, a colocação da primeira pedra só deve acontecer quando a pandemia estiver mais controlada, e que “ficará debaixo do altar da igreja do mosteiro”, adianta a monja.

Já a conclusão da construção do Mosteiro de Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja está prevista para 2023. O projeto contempla uma “igreja abacial” onde os hóspedes e as monjas trapistas podem rezar juntos.

“O acordo com a empresa para acabar o edifício todo é de 20 meses. Depois será necessário um pouco de tempo para o habitar, mas gostaríamos imenso que acontecesse o milagre de acabar os trabalhos antes da Jornada Mundial da Juventude”, referiu a superiora da comunidade.

O futuro mosteiro tem um custo estimado em seis milhões de euros e obedece a um projeto clássico de um mosteiro cisterciense, com uma planta quadrada com um claustro que ao seu redor do qual ficaram todos os lugares regulares tais como a igreja, o capítulo, o refeitório, dormitórios entre outros aposentos, num edifício composto por dois pisos.

Atualmente, as 10 monjas trapistas italianas têm o “Ora et Labora” de São Bento como regra da sua vida e vivem na hospedaria, um espaço que depois vai ficar apenas para as pessoas que querem contactar com a vida monástica.

Jornalista: Rita Teixeira

Foto: CM Miranda do Douro

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