A modalidade permite a cidadãos cegos ou com baixa visão praticar xadrez, com tabuleiros e peças adaptadas para o efeito. 

O Clube Amador de Mirandela (CAMir) decidiu aderir ao “Xadrez Tátil” uma iniciativa da Federação Portuguesa de Xadrez. O ojetivo é “combater a discriminação do cidadão deficiente e oferecer um desporto adaptado”, explica o CAMir, em comunicado.

O programa é dividido em quatro fases – Divulgação da modalidade, Iniciação ao xadrez para cegos, Ensino de nível intermédio e Ensino de nível avançado – estando o CAMir a implementar a fase de divulgação da modalidade. 

O “Xadrez Tátil” permite que dois praticantes joguem sem a visualização do tabuleiro, sendo a mesma efetuada de forma totalmente mental.Tal como a linguagem braille, foram desenvolvidos tabuleiros tiflotécnicos que permitem aos deficientes visuais disputarem o jogo através do tacto com as mão, reconhecer as peças e o tabuleiro, bem como a realização das jogadas. 

De acordo com a FPX, nos Censos de 2011 existem mais de 600 mil pessoas portadoras de deficiência em Portugal, dos quais 163 mil são deficientes visuais. A Federação sublinha que “estes números revelam bem a existência de um grupo significativo de população vulnerável. Projetos desportivos como o “xadrez táctil” podem, por conseguinte, contribuir uma maior e melhor integração destas pessoas”.

Todos os interessados em participar no desenvolvimento de ações a nível local do programa devem contatar a Federação Portuguesa de Xadrez.

Jornalista: Sara Teixeira

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