É a resposta do líder do CDS a Sílvio Santos, a quem acusa de não ter respondido sobre o passo atrás no acordo que solicitou aos elementos do CDS na Junta.
Continua a troca de acusações entre o CDS e Sílvio Santos, cabeça de lista do PSD à junta de freguesia de Mirandela, nas autárquicas de 26 de Setembro.
Não é verdade que o CDS tenha exigido os lugares de tesoureiro e de vogal no executivo da junta de freguesia. Quem o diz é o presidente da concelhia de Mirandela dos centristas, José Mesquita, em resposta a Sílvio Santos que, esta terça-feira, tinha dito que essa exigência teria acontecido 20 minutos antes da reunião que levou à instalação dos órgãos da junta e da assembleia de freguesia, no passado dia 19 de outubro.
José Mesquita vai mais longe e revela que isso não faz sentido. “Não vou falar em nomes, porque não interessa para o caso, mas numa conversa telefónica, um elemento do PS chegou a dizer-me que oferecia aos dois elementos do CDS os lugares de tesoureiro e secretário no executivo da junta, mas nós recusamos precisamente porque estávamos em negociações do PSD”, adianta.
Ainda sobre a reação de Sílvio Santos às críticas do CDS no processo de instalação do executivo daquela junta e da Assembleia de Freguesia, José Mesquita considera que o cabeça de lista do PSD não explicou porque razão deu o primeiro passo para estabelecer um acordo com o CDS e depois não cumpriu ao viabilizar o executivo socialista. “Continua sem responder, porque razão ele aborda os elementos do CDS, convoca-os para três reuniões por sua iniciativa e porque depois acaba por roer a corda. Era importante que venha esclarecer porque faz esta aproximação ao CDS e depois vai aprovar uma lista maioritária do PS e acaba por ser eleito para a liderança da Assembleia de Freguesia. A única pessoa que aqui falha em toda a sua extensão é efetivamente Sílvio Santos, conclui.
Recorde-se que, no passado dia 19 de outubro, a proposta do presidente da junta de freguesia integrando apenas elementos do PS para o executivo foi aprovada e posteriormente a mesa da Assembleia de Freguesia, constituída apenas por elementos do PSD (Sílvio Santos, Marlene Batista e Brigite Pereira), foi aprovada com 6 votos a favor do PS, mais 3 do PSD. Houve ainda um voto contra do PSD e três votos em branco (2 do CDS e 1 do PSD).
Jornalista: Fernando Pires