PSD TEM LISTAS EM 22 FREGUESIAS. PS EM 26 E CDS EM 12.
Amanhã, terça-feira, a Terra Quente FM dá a conhecer todos os pormenores das listas aos três órgãos autárquicos com as equipas à câmara municipal, os primeiros 15 efetivos à Assembleia Municipal e todos cabeças de listas às 30 freguesias do concelho.
Esta segunda-feira, foi um corrupio no tribunal de Mirandela com o último dia do prazo para entrega das listas de candidatos às autárquicas de 26 de Setembro.
A CDU e Partido Chega já tinham apresentado, na passada sexta-feira, com a Coligação Democrática Unitária a concorrer à Câmara de Mirandela (Manuel Mateus é o cabeça de lista), à Assembleia Municipal (Jorge Humberto Fernandes a liderar) e três juntas de freguesias: Mirandela (Bruna Patrícia Freitas), Carvalhais (Carlos Duarte) e Vale de Salgueiro (João Pilão).
O Chega tem como candidato à Câmara Municipal, Ricardo Garcia, não apresenta candidatura à Assembleia Municipal e tem Nuno Luz como candidato à Junta de Freguesia de Mirandela.
Esta segunda-feira, às 9,30 horas, foi a vez da candidatura do PSD. Duarte Travanca avança como independente, apoiado pelos social-democratas, e à entrada do tribunal afirmou convicto que “este é o primeiro passo para mudar Mirandela, porque Mirandela caiu numa situação em que bateu no fundo. O concelho precisa de vida, de alma, de cultura, postos de trabalho e de estar focada nas pessoas que são o seu maior ativo”
Quanto à equipa que o acompanha. Francisco Clemente será o número 2, Nélia Alexandra Pinheiro avança em número 3. Seguem-se Sérgio Santos, Ana Carolina Cabages, Anabela Pinho e Pedro Pinto Alves.
Duarte Travanca destaca o facto de ter incluído na sua equipa alguém que representa a vila de Torre de Dona Chama (a número 3), que em seu entender tem sofrido uma discriminação negativa. “É uma equipa heterogénea onde cabem todos, os mais simples, as pessoas do povo, das aldeias. É a primeira vez, em 30 anos que a Torre vai ter uma vereadora, é um sinal muito forte que queremos dar, porque se Mirandela já sofre os efeitos da interioridade, a Torre sofre duplamente e não pode continuar a ficar para trás”, diz.
O PSD constituiu listas em 22 freguesias, menos 8 do que em 2017. Desta vez, os laranjas não concorrem nas freguesias de Abambres, Cobro, Múrias e Passos (onde são atualmente poder), e ainda Cabanelas, Vale de Telhas, Frechas e União de Freguesias de Barcel, Marmelos e Valverde da Gestosa.
Duarte Travanca admite alguma dificuldade. “Há sempre juntas de freguesia que quem está na oposição tem sempre mais dificuldade em fazer, mas no geral temos listas muito fortes, candidatos focados no que têm de fazer para os seus cidadãos, para contrariar os efeitos da falta de coesão”, adianta.
Quanto à campanha, Duarte Travanca adianta que será “pela positiva”, no entanto, “não deixaremos de chamar a atenção sobre aquilo que foi prometido e não foi feito pelo atual executivo”.
Para a Assembleia Municipal, o PSD apresenta como cabeça de lista, Paulo Pinto, líder concelhio.
Meia hora depois, foi a vez de darem entrada no tribunal, as listas do Partido Socialista, com Júlia Rodrigues a considerar que se trata de “uma etapa importante”, a de oficializar aqueles que considera ser “os mais competentes para liderar a política de proximidade com as pessoas do concelho que cada vez são mais importantes”.
A candidata do PS faz-se acompanhar de Vítor Correia como número dois, o ainda presidente da junta de freguesia de Mirandela, que substituiu José Miguel Cunha, que foi o número 4 em 2017.
Orlando Pires fica na lista, baixando de segundo para terceiro, e Vera Preto também continua, mas também passa de terceiro para quarto lugar na lista que integra ainda Fernanda Mesquita, Tiago Rosa e Adérito Pires, como efetivos.
A candidata socialista a mais quatro anos de mandato no Município, entende que a mais-valia é “ter uma equipa com experiência de gestão autárquica adquirida nos 4 anos, num mandato muito difícil, já que a partir de março de 2020, o mundo ficou diferente e a nossa capacidade de adaptação aos novos desafios foi imensa”, refere.
O PS tem candidatos a 26 juntas de freguesia, mais três do que em 2017, não concorrendo a Abambres, Frechas, Passos e União de Freguesias de Barcel, Marmelos e Valverde da Gestosa.
Júlia Rodrigues elogia o processo de escolha dos candidatos. “Foram sempre as primeiras escolhas das nossas equipas e isso deixa-nos confortáveis porque só trabalhando em equipa é que conseguimos chegar longe”.
A candidata socialista vê com agrado a entrada na corrida autárquica de mais quatro candidatos. “É sempre bom ter bons adversários, porque eleva o debate e temos de debater o futuro de Mirandela e o que cada um tem para o concelho, nas áreas da coesão territorial, saúde, educação e do emprego”, conclui.
À Assembleia Municipal, o PS apresenta o médico Francisco Esteves.
Já, a meio da tarde, foi a vez do CDS apresentar as suas listas no tribunal.
A candidata a presidente da Câmara, Maria Helena Chéu, confessa estar confiante na vitória e fez questão de agradecer a todos os que acreditaram no seu projeto. “ Um sentimento de gratidão, pelas pessoas que confiaram em mim, porque acham que podemos projetar o concelho de Mirandela a nível regional, nacional e até internacional. É um passo importante, e agora é rumo à vitória”.
Na lista para a câmara, Helena Chéu leva Sérgio casado como número 2. Paulo Rebordãos como número 3. Seguem-se Rosa Pires, Ana Filipa Santos, Diogo Fructuoso e Maria da Conceição Manso, nos sete efetivos.
Helena Chéu diz estar “orgulhosa de ter uma equipa de mirandelenses com provas dadas em diversos setores de atividade e que vão conseguir dar uma alavanca muito positiva para o nosso concelho”, acredita.
O CDS apresenta listas em 12 freguesias, mais 4 do que em 2017: Abambres, Alvites, Carvalhais, Cedães, Cobro, Mascarenhas, Mirandela, Passos, Suçães, Vale de Asnes, Vale de Gouvinhas e União de Freguesias de Barcel, Marmelos e Valverde da Gestosa.
Helena Chéu também admite dificuldade em encontrar pessoas para integrar listas. “Foi a nossa maior dificuldade, não para nos projetarmos porque somos conhecidas como pessoas capazes, trabalhadoras, empenhadas e com conhecimentos, mas como somos a força política menor, foi mais difícil fazer as listas”, admite.
A estratégia da candidata do CDS vai passar “pelo diálogo, pela proximidade, auscultar as necessidades, ir às freguesias e manifestar aquilo que nós desejamos para Mirandela, que achamos que faz falta e que efetivamente não foi feito, mas que é importante que seja feito agora”, diz.
Para a Assembleia Municipal, o CDS apresenta como cabeça de lista, o médico José Mário Mesquita, líder da concelhia de Mirandela.
Jornalista: Fernando Pires