O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientou ontem que as autoridades de saúde não proibiram a vacinação contra a covid-19 para crianças saudáveis, considerando que “esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais”.

“As autoridades sanitárias não proibiram a vacinação no caso de as crianças não terem doenças ou patologias. Esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado português falou este sábado aos jornalistas no Consulado de Portugal em São Paulo reagindo à recomendação, na sexta-feira, pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), da administração prioritária de vacinas contra a covid-19 em crianças entre os 12 e os 15 anos com doenças associadas graves.

“As crianças vacinadas beneficiam de uma prevenção que lhes é positiva, isso não foi vedado, nem proibido pela DGS e está aberto aos pais em termos de escolha para os seus filhos”, sublinhou o Presidente da República, que falava à margem da assinatura de um protocolo sobre a participação de Portugal como país convidado da Bienal do Livro de São Paulo em 2022, no último dia da sua deslocação em São Paulo.

A DGS recomendou, na sexta-feira, a administração prioritária de vacinas contra a covid-19 para crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.“A doença é, nestas idades, ligeira. Também nestas idades, as crianças que apresentam comorbilidades têm um risco mais grave. Estima-se que existam 410 mil pessoas no grupo etário entre os 12 e os 15 anos. Nestas, muitas já têm imunidade conferida pela infecção”, começou por dizer Graça Freitas. Lembrou também que a Agência Europeia de Medicamentos emitiu um alerta para a vacinação desta faixa etária, vincando que na União Europeia ainda não houve tempo suficiente para saber se existiram complicações com a inoculação de jovens e crianças.

Lusa

Foto: António Cotrim/Lusa

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