A campanha “Dê troco a quem precisa” arranca hoje nas farmácias de todo o país, para ajudar as famílias que ficaram mais vulneráveis devido à pandemia.
A iniciativa – já lançada em março de 2020 – está a cargo da Associação Dignitude e visa permitir o acesso aos medicamentos prescritos a quem não tem capacidade financeira para os adquirir.
A campanha “Dê troco a quem precisa” arranca hoje e termina na próxima terça-feira (29 de junho).
Em declarações à agência Lusa, Maria de Belém Roseira, embaixadora da Associação Dignitude, explicou que a campanha convida as pessoas, que se dirigem às farmácias a doarem o “seu troco”, que reverterá a favor do Fundo Emergência abem: Covid-19, no âmbito da rede solidária do medicamento, especificamente dirigida às pessoas vítimas das consequências da pandemia, que perderam rendimentos.
Segundo Maria de Belém Roseira, as pessoas vão ser identificadas como tendo carência económica através dos parceiros da associação no terreno. Vai ser atribuído um cartão com nome e um código de barras identificativos que depois mostram na farmácia.
Os beneficiários vão ser identificados pelos 47 parceiros locais, como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias.
“Nós criámos o programa abem precisamente quando eclodiu a pandemia. De repente muitas pessoas ficaram sem recursos de um momento para o outro e uma das necessidades mais básicas que as pessoas têm é continuar a toma dos medicamentos que lhes são prescritos sob pena de a essa tragédia se somar depois um episódio de doença seja ela aguda ou crónica, que se agrava porque as pessoas não têm acesso”, sublinhou a embaixadora.
O objetivo é que as pessoas que vão a essas farmácias arredondem o troco, e posteriormente, doem o troco ao programa Emergência abem: Covid-19.
Segundo dados da associação, o programa já ajudou até ao final de maio 1.472 pessoas no acesso aos medicamentos, produtos e serviços de saúde e 14.804 entregas de medicação hospitalar em casa ou numa farmácia próxima do domicílio dos beneficiários, através da articulação com 33 hospitais e 2.906 farmácias.
Jornalista: Rita Teixeira