Portugal registou quase 6700 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a covid-19, a maioria sem gravidade e 41% com gravidade mas de forma temporária. Houve ainda 44 casos de morte em idosos com várias doenças, mas não ficou demonstrada a relação causa-efeito.

De acordo com o último relatório a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, até final de maio foram notificadas 6995 reações adversas, a maior parte (68,3%) referentes à vacina da Pfizer/BioNtech (a mais administrada), com 4782 casos, seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria), com 1509, a da Moderna, com 387, e a da Janssen, com 17 casos.

O Infarmed sublinha, contudo, que “a notificação no âmbito do Sistema Nacional de Farmacovigilância não pressupõe necessariamente a existência de uma relação causal com a vacina administrada” e que a vacinação contra a covid-19 “é a intervenção de saúde pública mais efetiva para reduzir o número de casos de doença grave e morte originados por esta pandemia”.

Os dados do Infarmed indicam que por cada 1000 doses administradas foram comunicadas 1,24 no caso da AstraZeneca (Vaxzevria), 1,21 no caso da Pfizer (Comirnaty), 0,74 referentes à Moderna e 0,16 à vacina da Janssen. No total de 5.790.080 doses administradas, o Infarmed registou 44 notificações de casos de morte em idosos com outras comorbilidades e em que não está demonstrada a relação causal com a vacina administrada.

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