A Gala de Cantar os Reis de Vila Flor celebrou este ano três décadas de história, destacando-se pela forte presença de crianças e jovens entre os participantes. O evento, que reúne os grupos do concelho, continua a manter viva uma tradição secular adaptada aos tempos modernos.
Vila Flor assinalou, no dia 6 de janeiro, os 30 anos da Gala de Cantar os Reis, um dos eventos culturais mais emblemáticos do município. Ao palco subiram nove grupos, envolvendo pessoas dos 8 aos 80 anos, entre as quais mais de meia centena de crianças e jovens.
A participação das novas gerações foi particularmente valorizada pelo presidente do município, Pedro Lima, que sublinhou que “há garantias de continuidade pelo grande número de jovens envolvidos nesta tradição”.
A tradição de cantar os Reis, originalmente realizada de porta em porta, transformou-se em Vila Flor num espetáculo de palco, mas mantém intacta a sua essência. Durante a gala, os grupos misturaram inovação e respeito pelas características culturais locais, desde as melodias e trajes tradicionais até aos instrumentos utilizados.
“Vimos criatividade nas performances, mas também um enorme respeito pela herança cultural. É esta junção que faz a tradição permanecer viva, envolvendo e emocionando o público”, destacou o autarca. O evento contou com um auditório cheio, comprovando a adesão e o entusiasmo da comunidade.
O momento alto foi a atribuição da simbólica coroa de Reis ao grupo “Our Stone”, que se destacou entre as atuações. Todos os participantes receberam prémios de participação, numa celebração que, segundo os organizadores, “homenageia o passado e incentiva o futuro”.
Cantar os Reis continua a ser, em Vila Flor, uma celebração com forte cariz religioso e cultural, que une gerações e reforça o sentimento de identidade local. “É essencial que os mais jovens assumam esta manifestação como parte da sua identidade e não deixem que a tradição se perca”, concluiu Pedro Lima.
Jornalista: Lara Torrado
Foto: CM Vila Flor